quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Biblioteca Pública


Restos e restos circundam a putrefação dos dias de chuva que os secam;
Rastros e rostos se assemelham na esperança do pão
Ou da droga que consome seus dias de expectativas esquecidas.

Ratos e rostos circundam o fogo do frio que queima vossas vidas
E amedrontam de frio suas noites vazias,
Preenchidas de pavor, esquecimento, refúgio e medo.

Vícios e virtudes escondem o branco do esmalte que em outrora fizestes partes;
Vícios e virtude reconfiguram o rosto que no passado perdeu-se em recordação;

A valentia e a ousadia tão medrosa é o artifício da fala, ou da ocasião;
E a vida, que por vezes se perguntam entre uma esmola e outra, que vida?
A vida é um segmento das curvas ruas escuras que lhes é objeto,
Assim como o nada, como a loucura esperada e as doenças anunciadas.
Do mesmo modo como a carne crua da escuridão à queima da esmola;
De tal modo como o assalto por opção do surto, do vulto, do mundo;
Destarte como a cultura imunda da ganância absurda.

Phelipe Gomes

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Belas Esperanças Coincidentemente Transversais


O que esperar do amanhã?
Se não você com o sorriso de outrora.
O que esperar do amanhã?
Se não eu abraçar-te como nunca antes te abracei.

O que esperar de você?
Se não aquilo que espero de mim;
A mesma reação, a mesma emoção, os mesmos desejos.

O que pedir de ti?
Se não aquilo que desejo que espere de mim.
E se eu pudesse resumir o que quero no fim
É simplesmente vermo-nos felizes.

O que desejar de ti?
Se não o prazer
De sentir o prazer de tê-la em mim.

Phelipe Gomes