Restos e restos circundam a putrefação dos dias de chuva que os
secam;
Rastros e rostos se assemelham na esperança do pão
Ou da droga que consome seus dias de expectativas esquecidas.
Ratos e rostos circundam o fogo do frio que queima vossas vidas
E amedrontam de frio suas noites vazias,
Preenchidas de pavor, esquecimento, refúgio e medo.
Vícios e virtudes escondem o branco do esmalte que em outrora
fizestes partes;
Vícios e virtude reconfiguram o rosto que no passado perdeu-se em
recordação;
A valentia e a ousadia tão medrosa é o artifício da fala, ou da
ocasião;
E a vida, que por vezes se perguntam entre uma esmola e outra, que
vida?
A vida é um segmento das curvas ruas escuras que lhes é objeto,
Assim como o nada, como a loucura esperada e as doenças anunciadas.
Do mesmo modo como a carne crua da escuridão à queima da esmola;
De tal modo como o assalto por opção do surto, do vulto, do mundo;
Destarte como a cultura imunda da ganância absurda.
Phelipe Gomes