quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Encontro

Casa vazia, móveis estáticos,
Creio ser a hora correta,
O silêncio torturado e tentador indica permissividade
Para toda minha tristeza e insanidade.
                                                                        
As Luzes acesas, concomitantemente desloco a mesa,
Linha de madeira enrolada e refugiada em corda,
Voltas e voltas e um filme se passa
Desde os primórdios da minha infância gorda
Até aquela minha situação mórbida.

Pés sobre a mesa,
Pescoço rodeado pronto para forca
Sendo as leis de Newton basta agora um pouco de força
Para que tudo se esvaia e assim eu desapareça com esta cabeça louca;

Um ultimo olhar sobre tudo ao meu redor,
Deveras me cansei de frustrar o que eu queria de melhor,
Ganhei desgosto nos gostos das derrotas,
Acho que já é chegada a hora de buscar a paz que tanto quis achar
E assim também venha o descanso de quem sempre se achou o pior.

E para que se faça a ação da tração de Newton desloco a mesa,
A Casa ficará mais vazia para depois ficar cheia
Que Deus e Jesus me perdoem,
Mas a covardia foi à forma que escolhi para esta dor que me rodeia.