quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Noite de Terça


Ouço novos sons, sinto novos tempos,
Me permito ao que antes não sentia
E não a tiro da lembrança,
Sempre guardando seu não
E um fio de esperança

Me encontrei ao te ver escapar,
Te vi sem querer imaginar,
A descobri sem querer encontrar,
E agora o que sinto não sei explicar.

Que belo não,
Que adorável não;
Quão mais me forte me achava,
Mais vejo o quão somos frágeis
E o quão frágil é este tipo de emoção;

A minha insanidade torna-se lúcida ao teu lado,
O meu iceberg derrete-se ao seu encanto,
Perto de ti o passar das horas ganha um grande retardo.

Você me traduz pureza;
Com você me sinto bem
E quanto mais me afasto de tua presença
Mais tua companhia me vem.

Quando sempre lembro da noite
E do consequente não
Mais os gelos vão se fundindo em água
E maior é o açoite em meu coração.


PHELIPE GOMES

domingo, 14 de setembro de 2014

CHEGA DE DISPARATE

Meia volta em palavras por mim destiladas
Sempre acabando em nada,
Não consigo esconder minhas palavras
Que  sempre as quero disfarçadas.
 
Infelizmente querida não sou o ombro que procuras,
Não me encaixo no encaixe da sua loucura,
Não me entorto a tua tortura,
Não cabe a eu ser a agulha da tua costura.

Por mais que eu tente minha querida
Mas quase sempre teu cosmo vai além da carência de tua amizade;
No fundo essa será a realidade,
Pode ser que num futuro distante,
Ou próximo eu caia no ócio
De achar-te assim como você me ver atualidade.

Querida não quero olhos de caridade.
A grande verdade, ou vaidade
É que minhas terceiras intenções,
Fazem mais parte do teu narcisismo,
Do que estando ao alcance das minhas convicções.

Enfim no fim como todos os começos
Exagerar-se-a nos rodeios
Quem sabe assim chega-se ao fim
E no fim vamos ficar assim:
Eu com minha palermice
Você com sua meiguice
Eu com meus problemas
Você com seus dilemas
Você olhando sempre pra si
E o meu eu altruísta com uma rara paciência.

No fim
As pedras voltam ao redor do Rio
Este volta ao seu percurso
O dia volta à raiar e voltará teu jeito frio,
As orbitas seguiram seus movimentos de translação e rotação
E eu sempre vou ter a quem me proporcione inspiração.

Você sempre vai procurar um bobo pra tua corte
Vai fingir ser amor o que aparenta ser uma sina de ilusão
E corresponderá a quem te dar carinho com açoite.

No fim os meios casualmente vão se encontrar
Tua frieza vai querer ouvir o que tenho a falar
E eu simplesmente vou acenar
Assim como uma brisa inesperada
No sertão do norte do meu Ceará.


PHELIPE GOMES

sábado, 13 de setembro de 2014

Espatódea


Lembro-me bem meu bem
Nós dois e as estrelas
Uma combinação quase que rotineira

Lembro-me bem meu bem
Do teu olhar refletindo-me todas as constelações
E prendendo-me a ti com as diversas repetições
Nas minhas complexas e diversas versões;

Lembro-me bem meu bem
Do quanto que você me fez bem
E do quanto é bom te lembrar
E este devaneio não vou deixar cessar
Por mim não ei de parar
Nos infinitos segundos cafajestes que
Minha essência humana se corrompeu
Saibas que meu respeito será sempre teu
Meu colo, minha companhia
E os melhores momentos de alegria

Eu sou um tolo, talvez eu seja um louco
A verdade é que a tu mereças o mundo
E acho que a ti eu sirvo tão pouco

Espero muito que sejas feliz do tamanho do bem que te tenho
Dentro do bem que te quero
Dentro do tanto que torço e que assim espero

Não sei dar tchau, muito menos Adeus,
Talvez eu tenha um pouco de espirita
E prefira um até mais
E quando eu me encontrar
Espero que ainda haja tempo
Pra teus braços me amparar
E quando tudo terminar
Espero ver teu sorriso
Bem próximo ao meu
E quando tudo acontecer
Espero ver teus olhar
Percorrer teus olhos
E não mais parar.
E não mais parar
E não mais parar...
PHELIPE GOMES
03/09/2014

Cartas ao Vento


Oh minha pequena
Minha Espatódea
Meu bebe
Não foi minha intenção te machucar

Me desculpa por tudo que não fiz
E pelo pouco que te fiz
Desculpa se não consegui te fazer bem
Desculpa pelo que a deixei infeliz;

Queria ser teu refúgio, ser teu solo.
Sentir teu abraço, teu cheiro e o sabor dos teus lábios
Queria ser teu nada, teu tudo, teu colo.

Oh minha bebê
Desculpa mais é que minha cabeça é louca
E acabo colhendo o suco desta poupa
E no fim, na ver verdade sou um resto de fezes podres;
E novamente me desculpa por todos meus dissabores.
Phelipe Gomes
03/09/2014