quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sonora Retroativa

Desejo-te bem perto de mim
pra visualizar meus olhos nos teus
ao passar dos meus dedos
sobre seu lindo branco rosto

Desejo-te sentir em mim
ao suavizar meus carinhos em teu corpo
no compasso da integra dos nossos lábios
fazendo-se um
ao crescer do meu desejo
Refletindo em ti
nossas vidas numa só

        Phelipe Gomes

terça-feira, 19 de abril de 2011

Enganar ou não enganar

Máscaras tão frágeis
Mentiras veridicamente fácil
Ações convergidas
Fingidos atos perceptíveis

Me diz minha menina
Por que foges do amor?
Tira essa máscara
E faça sua verdade

Cascas tão dolorosa e vulnerável
constroem teu presente e teu futuro
Escondem teu eu
Absorvem teu mundo

Me diz menina
O que queres do tempo?
Pois descobrirei desse
teus segredos
Para enfim ver-te sorrir

   Phelipe Gomes

Veja o que lhe espera


Leves passos trôpegos
Pesadas lembranças sortidas
Riscos e riscos apáticos

Saia do caos
Não caia no ócio
Veja o óbvio

Busque um rumo
Erga-se ao triunfo
Desista do único

Retrate a verdade
Escancare a mentira
Entre pela saída
Saia antes da ferida

     Phelipe Gomes

sábado, 16 de abril de 2011

Letras e Letras

Acordei com seu rosto
E com as formas do teu corpo
Acordei com teu cheiro
E com o sabor dos teus beijos

Senti você como o calor
que o frio dissolve
como o gosto
que o paladar incorpora
assim como o verde
que encanta toda flora

Acordei com sua lembrança
e com o ar cheio de esperança
aos passos lentos
espero um dia te encontrar

   Phelipe Gomes

Tímidas Palavras

Esse teu olhar é tudo
e esse meu jeito mudo
segue passos frágeis
e caminhos sem rumos

O teu sorriso sedutor
e esse meu estilo tímido
trafega a busca de um vestígio
sonha e vive à tua espera

O que fazer pra fugir
ou que fazer pra te ter?
O que fazer pra fingir
ou evitar
que te quero?

    Phelipe Gomes

domingo, 10 de abril de 2011

Carentes,aprendizes e marginais

Ei moço repara ali
Aquele guri que a fome tortura
Em que o frio e o calor lhe sufoca
Que anda às vestes sujas e quase nuas
Olha ali moço
Aquele garoto
Que meia e volta pede um troco
Que volta e meia comete um roubo
Olha ali moço o homem que corre e se desespera
Não sabe a bala que lhe espera
Mas sabe das drogas que o angustia
e ilusoriamente alegra
Ele agora não só rouba como mata
Ele agora também mata como rouba
A rua ainda é sua casa
A vida um susto ou um surto
A vida um fio
Ou um poço raso
Ou um bem profundo
  
        Phelipe Gomes

Onde se encontra o Amor


Cale-se e me ouvi diz o vagabundo
Nada então se ouvi da princesa
Toma toma diz o príncipe
É na cara, na cabeça ou onde pegar
E ela tenta se esquivar
ao mesmo passo que chora
As mesmas mentiras antes ditas como verdade
a mesma fita que reprisa as mesmas cenas
antes prometidas a não serem mais vistas
e ainda não cumpridas
o corpo com as mesmas marcas e história
a cabeça com os mesmos traumas e as mesmas revoltas

Mas o coração
Ah o coração!

No fim dos meios
O príncipe volta sorrindo
Ela no início diz não
Faz cena e até acena
Mas depois o coração inflama
Ele diz que a ama
Junto com chocolates e buquês
Ela se derrama
E cheia de perdão e coração
Revela que ainda o ama
Mesmo sabendo do convívio do medo
E que mais uma vez eles não sejam felizes para sempre

  Phelipe Gomes

Loucura

A quantas andas teu coração?
Está complicado entender o meu
Estou querendo entender o teu

Como vai  tua cabeça?
Pois a minha está atordoada
Estou procurando compreender a tua

E quais teus planos para o futuro?
Pois o meu anda indeciso,incerto
Estou querendo saber se faço parte destes.

                  Phelipe Gomes

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Referência

Ah esse teus olhos
Por que eles não me pedem atenção?
Por que não me notam
Como eu os noto?
Esses lábios médios
 por que não desejam os meus?

O teu magro corpo e o teu belo rosto
 por que não sentem carência dos meus carinhos
Assim como desejo os seus?
E esse teu charme exalado nas multidões
Por que não procura meu jeito tímido e relaxado?

Quem me dera entender esses por quês
Até o porquê dos meus por quês.
Sabe quem vai entender o coração
Mais sabe no fim de tudo é tudo uma idealização
Ah mente humana!

       Phelipe Gomes

Cedo ou Tarde pra Nós

Ando lembrando-te
sempre que procuro te esquecer

Galgando sigo a caminhar por seu mundo

A cada vitória um gosto da derrota,
a insistência se faz plena
e a verdade que eu vejo
me trás um amargo

O tropeço de minha decisão
é uma disputa dolorosa
em  busca de ganhar teu coração
em busca de ti

     Phelipe Gomes

Realengo

Papapa......
Mais o que motiva estes tiros?
O que causa essa insanidade?
São tantos inocentes mortos
e tantos outros feridos

Papapa.....
Corre corre há um louco na sala
e o que ele fala:
- nada, ele só dispara
- Ah ele fala,você sim, você não ...

Papapa......
Com quantos tiros se tiram sonhos
destroem-se vidas
que apenas são sem motivos vítimas ?

Papapa.....
O solo agora ampara mortos e vivos
tem sangue em blusas, paredes e no chão
calma, calma há correria em toda direção
Estão salvos, estão salvos,
ao passo de que outros sem
sem motivo não estão
Se quer chegaram ao portão

Papapa.....
Estamos em alerta
e o cenário é de espanto
tem gente aos prantos
tantos rezando
e muitos agradecendo por suas vidas

  Phelipe Gomes