sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

ARLEQUIM

Harpas e acordes
Nem um barulho, olhos atentos por favor,
Para que assim tudo ao seu tempo siga seus moldes

Agora Baterias e rojões
Entre em cena o bobo da corte
Silenciando os canhões

Gargalhadas, públicos e muita pipoca,
Maquiagem ocultando o riso
E a solidão que disfarçadamente a sufoca

Mais um riso, mais uma cortina,
No término do espetáculo,
Mais um pensamento ácido em meio à serpentina;

No ato, o riso fácil
Em muitos risos a multidão
No espetáculo muitos abraços apertados
Cada um em sua devida ocasião
No recanto pacato
Uma vida miserável, regada sobre bebida

E a mais um desejo que a vida profissional ganhe direção.