terça-feira, 1 de março de 2016

Quase trinta

O velho homem de sonhos frustrados
Estará em breve um pouco mais usado
Com suas mesmas superstições
E o medo de ver muita gente ao seu lado

O bom filho de um tom pardo
Ainda escuta os mesmo sons
Que já ouvira no passado
Continua com os mesmos atos simples
E ama o mesmo clube
Que quando criança o deixou fascinado
Um branco dominante, vermelho e preto horizontalmente listado;

O gordinho estimado
Não ver glórias em seus atos
Acha-se inútil e sem valor aos cantos resguardados
Sorrisos aos ventos para dizer que estar tudo bem
E no silêncio das horas
Quase morte de atos não consumados

O Professor louco e/ou mau profissional formado
Confinou-se em mundo ilusório e sem ambições
E por assim querer ajudar sem segundas intenções o amigo do lado
Teve na generosidade um pecado e das amizades lamentações.

Phelipe Gomes.


Silêncio no Estúdio

Sussurros de demônios aos meus ouvidos
Insulto à calma que eu tanto procuro e não vivo
Sobrevivo aos raros momentos esquecidos
E aos encontros de paredes
Que a mim se convertem em esconderijos e abrigos;

Murros, socos contra mim
Flechas de palavras que surgem sem que eu seja o dono
Coração e cabeça querendo apenas um calibre
Para me eternizar em sono
E antes que todos estes transtornos me tire o prazer de viver
Eu sigo minha rotina de acreditar que alegria me venha como abono.


Phelipe Gomes.

Pequena Isadora

Minha pequena princesa Isadora
Mais um velinha que para brindar a vida assopra,
Flor que a todo amanhecer com magia aflora,
Pequenininha que o tio adora,
Encanto de olhar puro e beleza de toda aurora,
Brilho de inocência que a todos em volta incorpora,
Energia e ritmo a toda hora
Bonecas e brinquedos soando igual pólvora
Sobrinha de tantos tios,
mas que demore muito para que de alguém vire nora.
E quem sabe na posterioridade lembrarás que o tio fez em outrora.

Phelipe Gomes