quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Minha Tulipa Querida

Adoro silenciar-me em teus beijos,
Desejar teus puros desejos,
Agraciar-te de mimos.

Venero aprisionar-me em teus braços,
Ser teu escravo,
Acordar diariamente teus sonhos .

Adoro amar teu amor,
Ser vassalo de teu fulgor,
Acariciar teus refúgios.
Adoro minha bela, entre tudo que nos faz parte, 
Fazer parte do teu mundo.

Phelipe Gomes

Lírica Tulipa

Regressar-me a ti
E sofrer em si
O que não parte de nós

Voltar em ti
O que pertence a mim
E que não há em nós.

Figurar a sós
No meio de tantos nós
O que descobri em ti.

Calar em mim
Confluências em si
Do que nos faz bem.

Descobrir o que nos esconde
E no fim do sim
Revelar-nos e mostrar-nos
No emergir de um beijo.
Phelipe Gomes

Equações Químicas e Poemas

Retoques marcantes
Marcam tuas formas
Sonantes fórmulas químicas de mostrar
Tuas frias variáveis a se despertarem
Nas complexas fórmulas de se equacionarem.

Entalpias tocantes configuram a estrutura eletrônica
Das moléculas reunidas de teu semblante no meu pensamento.

Arte intelectual integrada e refratada em luz,
Dissipam e reúnem em ti a graciosidade de inocência
Transgredindo e progredindo em si a essência
A beleza de sonhar,
A felicidade de realizar-se.
Phelipe Gomes

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Meu bebê, meu bem

A distância ecoa em teu nome.

A saudade é teu codinome.

A lua reflete teu rosto
Na epígrafe da formosa forma de te ver.

O brilho das estrelas assemelha-se com o fulgor de teu riso.

As belezas que configuram o Paulo Sarasate
Ganham tuas formas em minha retina;
Delicadas, esplendidas, máximas e mínimas,
Transfigurando-se no céu, na calmaria das nuvens, no brilho do dia ensolarado.

Permutas belas e frequentes da minha imaginação.

Harmonia cintilante do meu puro sentimento revitalizado;

Complemento da minha felicidade. 
Pois felicidade meu bem...
Ah a felicidade!
A felicidade só vai ser completa meu bem com você ao meu lado.

Vulneráveis Sentimentos

Nada de concreto entre nós tão abstratos.
Amena verdade confusa da perplexidade dos nossos lábios.
Fantasias memoráveis dos nossos corpos rearmando-se,
Reduzindo-nos a vícios comuns,
Saciando-nos de nós mesmos;
Matando a sede numa recíproca romântica,
Configurando a veste dos nossos alentos ressequidos,
Vestindo-nos da esfera lírica de nos amar,
Na medida da proporção inversa de nós mesmos.
Esfinges formas de se entregar e se doar
De sermos, de nos sentirmos.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Marcas do Carisma de Karianne Marquês

Bela morena 
Que encanta o dia com o brilho dos seus olhos,
Com seu sorriso esplêndido
E com sua beleza de açucena.

Linda obra que a natureza esculpiu,
Desenhada em traços leves
E belissimamente contornáveis em traços fortes de mulher.
Com retoques meigos de menina
E com um jeito nobre de deixar-se acolher.

Retratar-te em um poema minha bela graciosa
É simplesmente relatar a verdade
Em uma linda obra de arte;

Desdizer-se em um poema minha graciosa linda
É descrever-te minha querida.
É traduzir-te parte a parte
Da forma mais adorável, pura e plena que existe,
É maravilhar a realidade com o sonho de viver sua presença.
É agradecer a você a ao tempo
Por deixar-me deleitar-se de sua companhia.
É envolver-me em sua afeção e fascínio
Da descoberta de ser seu amigo
      Phelipe Gomes
  

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Retrospectivas Emblemáticas do Ciclo da Vida

Quando surge a noite nos teus olhos de criança
A vida ganha brilho
Torna-se uma excelente medida da esperança;
 Aufere forma e atributos
Nas cores do arco-íris da inocência.

Quando renasce a vida no teu sorriso de adolescência
O futuro recebe contornos de resiliência
E o despertar da infância ganha retoques da impaciência.

Quando se encaminha e desencontram-se teus sonhos
A vida vira uma realidade
As conquistas uma liberdade
E você vira para o mundo
A nostalgia ou o presente
Da necessidade de uma sociedade.
    Phelipe Gomes

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Gotas De Uma Tempestade

Diz-me o motivo de vocês existirem?
Diz-me, por favor me diz!
Não entendo essa nuvem cinza a enganar meu sol,
A transluzir meus raios,
A diminuir meu brilho.

De onde parte essa tua voz
Que me incrimina ,
E que se incrimina,
Em fins e meios
Aos meus atos comuns e mudos?

De onde partes, me partem em mil pedaços,
Sofríveis e desolados,
Ao léu dos toques que minha pobre cabeça atordoada,
Ver-se encontrar.

Phelipe  Gomes



terça-feira, 25 de outubro de 2011

Reflexo do Boêmio

Há nostalgia!
Como não olhar pra estrada e ver que antes do asfalto tudo ali era um chão de terra?
Como não me ver correndo com uma bola e lembrar-me da minha blusa suja do tempo
Que me fazia feliz e honestamente eu não sabia?
Como não lembrar dos meus amigos que ali se faziam e se refaziam em gritos, em conversas em risos,
Do tempo que era meu e quase infinito?
Como não voltar aos tempos de campinhos retóricos ao mangueirão
O que fazer pra não lembrar-me do tempo em que não se via tantas preocupações
Em que refletia-se e repartia-se em alegria nossas emoções?

Ah tempo!
O tempo em que corria-se e vivia-se como um ser humano puro
em que não me fazia parte as ambições
em que eu era o tempo dividido em atenção e suor;
em que o desejo dos dias se fazia sem a necessidade de submissão ou de obrigação
em que o divertido era prazeroso
em que a vida articulava-se na poesia de simplesmente vivê-la.
 Phelipe Gomes

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Reminiscência

Há dias que prefiro seus olhares mais perto.
A saudade ecoa de maneira próxima
De diversas maneiras e formas
Que mostram-me o quanto vocês são significantes
Que constroem em mim um ser que eu ainda não era
Fazendo-me reviver o que já vive
Revelando-me lembranças da minha melhor parte
Revitalizando meu mundo, minhas verdades
Reconstruindo-me em braços abertos de sentimentos
Que antes não me faziam parte
Mostrando-me ao mundo e o mundo como uma bela forma de expressão de arte.
 Phelipe Gomes

domingo, 9 de outubro de 2011

Caleidoscópio

O que esperar dos teus olhos?
Eles me dizem muito mais que palavras
O que não esperar dos teus gestos?
Eles me mostram você como eu não imaginava

O que dizer das tuas palavras ?
Elas fogem sempre em busca de um refúgio
O que fazer diante de você?
A não ser naturalmente  observar-te

O que fazer diante de nós?
Se não admirar-te e silenciar-me
Desejar-te e silenciar-me
Procurá-la e mais uma vez procurar minhas respostas em você.

Phelipe Gomes

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Anteontem Mais Do Que Presente

Na perspectiva dos dias
Segue-se um passo de cada vez
Na esperança de uma dia melhor;
Na tentativa de um homem realizado;
Na tentativa de me tornar um ponto visível numa reta;

A cada vez de vez em vez
Perco-me na ilusória repetição da derrota
Ou na dor da iminência da vitória

Na perspectiva de cada vez
Assombro-me nas sombras da luz do horizonte do meu passado
Na repentina frequência distorcida em espirais
Que levam-me ao mesmo ponto que me trazem o mesmo início
Que levam-me à saída
Que equivale a mesma entrada.

 Phelipe Gomes

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

INFÂNCIA

Na distância que nos aproxima
Na inversão dos valores que nos sufoca
É que cada vez mais percebo
Que eu não mudei
Que eu não errei
E que poderíamos ir além do que fomos

No encurtamento do passar dos dias
Na conquista da derrota de não ter você
É que cada vez menos me culpo
É que cada vez menos me torturo
E mesmo assim, ainda acho que poderíamos ir mais além

Nos desencontros que nos encontramos
Nos despassados caminhar dos passos que nos cruzam
Na insana eloquência que nos elucidamos
Na repudia de nos envolvermos
Acabamos por nos envolver
E eu ainda penso que poderíamos ir bem mais do que fomos.
        Phelipe Gomes

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Códigos de Obras

Números me trazem novas esperanças de uma boa nova
Cálculos perdidos no papel
Agora sorriem e acenam meu futuro
Me arrancam surtos

Se impõem e contrapõem
O nexo das ideias
Me relevam e integram
Na frequência do conto esperado
Na inversa proporção da distorção
que as horas e as memórias se esvaziam
E na direta proporção que meu desejos se fazem próximos
No encher e contemplar dos espaços antes vazios

 Phelipe Gomes

Rio Ás Antigas

Os ponteiros do relógio
E a lentidão da saudade que aperta meu peito
Me levam até você

Meu passado e meu presente
Quase sempre tão juntos e tão ausentes
Me fazem lembrar você

Meus discos, meus livros e meu trabalho
Se curvam e se dilatam
Se movem e se rendem aos teus encantos
Necessitam e pedem tua companhia

A distancia e a proximidade
Que me encarregam e me reservam
Expectativas de mudanças e boas lembranças
Me trazem você e seu jeito doce

Me trazem você do modo como eu não esperava
Me mostra você como eu conhecia
Me levam a você com respostas que eu precisava
Me devolve e renova sentimentos que adormeciam

Talvez não seja eu o que seu conforto necessitasse
A certeza do ombro e do colo desejado
Mesmo sem retorno, sem adorno;
Com vírgulas e sem pontos
Fico feliz pois a vida novamente me trouxe você

 Phelipe Gomes






domingo, 7 de agosto de 2011

Filme Romântico

Um beijo repentino
e você permanece na minha cabeça
Um filme e uma reação inesperada
e você faz parte dos meus planos

Uma vontade e uma busca
que segue em insistir
e me invadir ao te ver
que insiste em me perseguir
e querer te repetir em meus desejos

  Phelipe Gomes

Mente Matinal

Ainda que o tempo
e as horas se cruzem
num inverso espaço de tempo
eu e você fomos um só

Ainda que meus gestos inocentes
se mostrassem desastrados
em contrapeso a sua maturidade aguçada
eu e você fomos uma linda manhã

Ainda que nossos prazeres
se perdessem e se encontrassem
numa imparcialidade e paixão
eu e você fomos o que de melhor poderia ocorrer.

  Phelipe Gomes

sexta-feira, 29 de julho de 2011

A quantos passos eu estou de um fim?
Eu conto os passos mas não consigo
Quantos metros estou de uma vida
Eu vivo a vida sem andar se quer um metro

Pegadas frágeis e curtas se fazem no chão
Minha cabeça gira numa órbita dramática e estúpida
O meu silencio é meu maior orgulho
E minha vida onde está pra eu viver?

O meu mundo anda e desanda numa relação de amor e ódio
Afetando meu jeito tão ingênuo e tão mimado
Antes a quem eu queria tão bem agora me faz surgir antipatia
faz-me ser um bobo falando demais o que deveria estar calado
Me deixa solto e me transforma num palhaço
E minha vida onde está pra eu viver ?

Seguindo num rumo um pouco alienado
Ouvindo a quem não sabem os meus conflitos e minhas aflições
Paro penso e me perco
Paro repenso e peço perdão
Não sou mauricinho ou algo parecido
Só sou  mais na multidão

Hoje pensei em me matar
Mais no fim da vontade
resolve  escrever para assim desabafar
melhora ficar na vontade do que se perpetuar na saudade

Phelipe Gomes

Noites pós graduadas

Não sabes como anseio teu corpo
e nem como espero por teus beijos
Como seria bom falar contigo de novo
e atender teus desejos
Caminhar a teu encontro
Alisar teus lisos cabelos pretos
Tocar e acariciar teu corpo branco
Querer-te e te flertar em segredo
Ser seu sem vínculos sem medos

Phelipe Gomes

Orgulho Carioca

Como quer que lhe dê o que não queres aceitar
Como queres que eu te sirva se não se abres pra receber
Não sou fiel a esse amor vassalo
Nem muito menos faço seu estilo de escravo
Acorda que o mundo circula em torno de outro ponto
Se tu amas a quem não te ama
acho que caíras na loucura de me amar
pois não pretendo tê-la em meus braços
e muito menos em meu futuro
Acorda que os laços da vida nos dão várias voltas
Acorda pra não acabares num desvairado nó
Phelipe Gomes

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Yngrid e o Futebol

Tão meigo teus olhos e tão puros
 perdidos num indo e vindo tão lindo de se notar
Traduzindo a forma mais inocente de se integrar

Desfazendo-se e envolvendo-se
Transparecendo ansiedade e aflição
Compartilhando frustrações e alegrias
Notificando assim sua emoção

Exalando através dos teus jeitos e modos
A graciosidade de uma menina torcedora
Exalando a bela maneira de se apaixonar e se entregar
De poder sentir-se vencedora ou perdedora
Demostrando o medo de perder e o desejo de ganhar

Atribuindo e vivendo em te três cores
reveladas em seu sorriso
e resumindo em si o futebol como um de seus amores

Phelipe Gomes

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Belo Enigma

Teus traços, tua pele
teus olhos, fazem parte de mim
como vício
são virtudes lindas
artifícios para adoçar o meu existir

Teus seios , teu corpo, teu rosto
são meios, são formas
harmoniosas e insinuosas
exalando-me meu desejos
ao te querer e te sentir

Phelipe Gomes

O que te fazes tão Ruim?

Diz-me o motivo de vocês existir
Diz-me, me diz
Não entendo essa nuvem cinza a enganar meu sol
a transluzir meus raios
a diminuir meu brilho

De onde parte essa tua voz
que me incrimina
e que se incrimina
em fins e meios
aos meus atos comuns e mudos

De onde partes me parte em mil pedaços
sofríveis e desolados
ao léu dos toques que minha pobre cabeça atordoada
Ver-se encontrar

Phelipe  Gomes

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Samba Roque Carioca

Perco-me com a beleza do seu sorriso
Com a imensidão do teu mundo
com todos teus abrigos e fugitivos

Saibas meu bem que o bem que você me faz é esplêndido
Único, terno e sereno
Mesmo longe te sinto e me abrigo no mesmo abrigo que tu se escondes
Te vendo e revendo nesse nexo em paralelo
 tantas vezes mulher outras tantas meninas
 mais na maioria são tuas atitudes másculas que me traduzem alegria

Sabe meu coração, meu bebê, minha amiga
dentre tantas formas que te dão forma
Obrigado por ter me dado o prazer de te conhecer,
Beijos e abraços.
   Phelipe Gomes

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Caras e Bocas

Pausa para foto, olhares e roupas
Luxo e lixo
Tudo na mesma proporção
Dane-se seu estipe
Danem-se seus interesses
Prefiro o simples do que seu consumismo
Lixo e luxo 
na ordem dos fatores que não alteram o resultado final
Prefiro o meu sorriso e meus sonhos
Pão e circo, festejos aos ricos e a aristocracia
Ilusão musical e gastos da burguesia
Aplausos para o tosco e o absurdo
Vazio e sujo diretamente proporcional ao lixo e ao luxo
   Phelipe Gomes

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Equalização do Tempo

Hoje Acordei com tuas lembranças
Com tua pele no meu olfato
Com teus beijos adoçando meu paladar
Com a tua voz confortando-me

Lembrei-me de quanto foi bom te amar
mesmo tendo sido em silencio
Lembrei-me o quanto foi bom
a cumplicidade do nosso terno e puro segredo

E minhas lembranças seguem-se ao passar dos dias
 à vista de um sorriso teu
Da distancia nossa
Da tentativa se sentir a mesma alegria e pureza que exalávamos.
                   Phelipe Gomes

VIDA MEIO ROQUE E BOSSA NOVA

Um relâmpago um disparo
e tudo se vai como o inicio de uma vida
ou como o fim de uma dor.

De olhos abertos ou fechados
a vida me corrói me repudia
E a espero com um sorriso
pra diminuir essa rotina doentia e cansativa

Os muros e as revoltas que ela me traz
Não sei o motivo, nem o perigo.
Só sei que a quero comigo
e luto por isso,
mas do meu jeito
No meu modo certo pra ser feliz
 Phelipe Gomes

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Gritos do meu Silêncio

Amar-te em silêncio
Sussurrar sem ninguém a me ouvir
Sentir sem ter devolução
Amar sem ter resposta 

Até quando vou seguir nessa proposta?
Nada a mais
nada a menos,
só mais um na multidão 

Quantos abrigos a procurar alicerces que me faltam
Pedi um pouco de atenção e não te ouvi
Pedi um pouco de colo e não te senti
não enxerguei você

a quem encontrei quando não quis procurar

Alguém que se fizesse escudo;
Teus braços pra me ajudar
Tua mão pra me estender afeto


procurando ouvr teu eco 

mas nem metade de tua atenção
fez do meu frio calor 

mas até quando eu irei chamar-te de amor meu
sem recíprova
sem relação biunívoca


             Phelipe Gomes



Infância felina

Ah meu menino queria ter a leveza de tua vista
Ter a surpresa de tuas conquistas
Ser mais um sem planejar
Questionar, indagar
Pra simplesmente ser mais um
Sem interesse
sem problemas
Amar sem sentir
Sorrir por sorrir
Queria ser você mais uma vez pra fazer tudo que não fiz
  
    Phelipe Gomes


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sintonia Intensa

Queria abraçar-te
Como se fosse a cura pra todas as feridas
Como se fosse a única forma da mesma medida
Como a eternidade resumida em duas vidas

Queria beijar-te
como se fosse o único momento a cada instante
Como se fosse a última despedida de cada tentativa
Como se fosse a primeira vez de uma única chance
Como se fosse o último gole da última bebida

      Phelipe Gomes

Desabafos Modestos


Andei devagar por entre torrentes
Mudo aos meus medos
Perplexo ao barulho das minhas expectativas

O que serei?
O que me espera?
O que esperam de mim?
O que querem de mim?

A vida se passa e eu sigo junto a ela
Inconstante, inseguro e um tanto tolerante
buscando sempre novos ventos
novos rumos
novos pontos
em que eu possa exibir meu brilho

                Phelipe Gomes

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sonora Retroativa

Desejo-te bem perto de mim
pra visualizar meus olhos nos teus
ao passar dos meus dedos
sobre seu lindo branco rosto

Desejo-te sentir em mim
ao suavizar meus carinhos em teu corpo
no compasso da integra dos nossos lábios
fazendo-se um
ao crescer do meu desejo
Refletindo em ti
nossas vidas numa só

        Phelipe Gomes

terça-feira, 19 de abril de 2011

Enganar ou não enganar

Máscaras tão frágeis
Mentiras veridicamente fácil
Ações convergidas
Fingidos atos perceptíveis

Me diz minha menina
Por que foges do amor?
Tira essa máscara
E faça sua verdade

Cascas tão dolorosa e vulnerável
constroem teu presente e teu futuro
Escondem teu eu
Absorvem teu mundo

Me diz menina
O que queres do tempo?
Pois descobrirei desse
teus segredos
Para enfim ver-te sorrir

   Phelipe Gomes

Veja o que lhe espera


Leves passos trôpegos
Pesadas lembranças sortidas
Riscos e riscos apáticos

Saia do caos
Não caia no ócio
Veja o óbvio

Busque um rumo
Erga-se ao triunfo
Desista do único

Retrate a verdade
Escancare a mentira
Entre pela saída
Saia antes da ferida

     Phelipe Gomes

sábado, 16 de abril de 2011

Letras e Letras

Acordei com seu rosto
E com as formas do teu corpo
Acordei com teu cheiro
E com o sabor dos teus beijos

Senti você como o calor
que o frio dissolve
como o gosto
que o paladar incorpora
assim como o verde
que encanta toda flora

Acordei com sua lembrança
e com o ar cheio de esperança
aos passos lentos
espero um dia te encontrar

   Phelipe Gomes

Tímidas Palavras

Esse teu olhar é tudo
e esse meu jeito mudo
segue passos frágeis
e caminhos sem rumos

O teu sorriso sedutor
e esse meu estilo tímido
trafega a busca de um vestígio
sonha e vive à tua espera

O que fazer pra fugir
ou que fazer pra te ter?
O que fazer pra fingir
ou evitar
que te quero?

    Phelipe Gomes

domingo, 10 de abril de 2011

Carentes,aprendizes e marginais

Ei moço repara ali
Aquele guri que a fome tortura
Em que o frio e o calor lhe sufoca
Que anda às vestes sujas e quase nuas
Olha ali moço
Aquele garoto
Que meia e volta pede um troco
Que volta e meia comete um roubo
Olha ali moço o homem que corre e se desespera
Não sabe a bala que lhe espera
Mas sabe das drogas que o angustia
e ilusoriamente alegra
Ele agora não só rouba como mata
Ele agora também mata como rouba
A rua ainda é sua casa
A vida um susto ou um surto
A vida um fio
Ou um poço raso
Ou um bem profundo
  
        Phelipe Gomes

Onde se encontra o Amor


Cale-se e me ouvi diz o vagabundo
Nada então se ouvi da princesa
Toma toma diz o príncipe
É na cara, na cabeça ou onde pegar
E ela tenta se esquivar
ao mesmo passo que chora
As mesmas mentiras antes ditas como verdade
a mesma fita que reprisa as mesmas cenas
antes prometidas a não serem mais vistas
e ainda não cumpridas
o corpo com as mesmas marcas e história
a cabeça com os mesmos traumas e as mesmas revoltas

Mas o coração
Ah o coração!

No fim dos meios
O príncipe volta sorrindo
Ela no início diz não
Faz cena e até acena
Mas depois o coração inflama
Ele diz que a ama
Junto com chocolates e buquês
Ela se derrama
E cheia de perdão e coração
Revela que ainda o ama
Mesmo sabendo do convívio do medo
E que mais uma vez eles não sejam felizes para sempre

  Phelipe Gomes