terça-feira, 25 de outubro de 2011

Reflexo do Boêmio

Há nostalgia!
Como não olhar pra estrada e ver que antes do asfalto tudo ali era um chão de terra?
Como não me ver correndo com uma bola e lembrar-me da minha blusa suja do tempo
Que me fazia feliz e honestamente eu não sabia?
Como não lembrar dos meus amigos que ali se faziam e se refaziam em gritos, em conversas em risos,
Do tempo que era meu e quase infinito?
Como não voltar aos tempos de campinhos retóricos ao mangueirão
O que fazer pra não lembrar-me do tempo em que não se via tantas preocupações
Em que refletia-se e repartia-se em alegria nossas emoções?

Ah tempo!
O tempo em que corria-se e vivia-se como um ser humano puro
em que não me fazia parte as ambições
em que eu era o tempo dividido em atenção e suor;
em que o desejo dos dias se fazia sem a necessidade de submissão ou de obrigação
em que o divertido era prazeroso
em que a vida articulava-se na poesia de simplesmente vivê-la.
 Phelipe Gomes

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