Meia volta em palavras por mim destiladas
Sempre acabando em nada,
Não consigo esconder minhas palavras
Que sempre as quero disfarçadas.
Infelizmente querida não sou o ombro que procuras,
Não me encaixo no encaixe da sua loucura,
Não me entorto a tua tortura,
Não cabe a eu ser a agulha da tua costura.
Por mais que eu tente minha querida
Mas quase sempre teu cosmo vai além da carência de tua amizade;
Mas quase sempre teu cosmo vai além da carência de tua amizade;
No fundo essa será a realidade,
Pode ser que num futuro distante,
Ou próximo eu caia no ócio
De achar-te assim como você me ver atualidade.
Querida não quero olhos de caridade.
A grande verdade, ou vaidade
É que minhas terceiras intenções,
Fazem mais parte do teu narcisismo,
Do que estando ao alcance das minhas convicções.
Enfim no fim como todos os começos
Exagerar-se-a nos rodeios
Quem sabe assim chega-se ao fim
E no fim vamos ficar assim:
Eu com minha palermice
Eu com minha palermice
Você com sua meiguice
Eu com meus problemas
Você com seus dilemas
Você olhando sempre pra si
E o meu eu altruísta com uma rara paciência.
No fim
As pedras voltam ao redor do Rio
Este volta ao seu percurso
O dia volta à raiar e voltará teu jeito frio,
As orbitas seguiram seus movimentos de translação e rotação
E eu sempre vou ter a quem me proporcione inspiração.
Você sempre vai procurar um bobo pra tua corte
Vai fingir ser amor o que aparenta ser uma sina de ilusão
E corresponderá a quem te dar carinho com açoite.
No fim os meios casualmente vão se encontrar
Tua frieza vai querer ouvir o que tenho a falar
E eu simplesmente vou acenar
Assim como uma brisa inesperada
No sertão do norte do meu Ceará.
PHELIPE GOMES
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