domingo, 14 de setembro de 2014

CHEGA DE DISPARATE

Meia volta em palavras por mim destiladas
Sempre acabando em nada,
Não consigo esconder minhas palavras
Que  sempre as quero disfarçadas.
 
Infelizmente querida não sou o ombro que procuras,
Não me encaixo no encaixe da sua loucura,
Não me entorto a tua tortura,
Não cabe a eu ser a agulha da tua costura.

Por mais que eu tente minha querida
Mas quase sempre teu cosmo vai além da carência de tua amizade;
No fundo essa será a realidade,
Pode ser que num futuro distante,
Ou próximo eu caia no ócio
De achar-te assim como você me ver atualidade.

Querida não quero olhos de caridade.
A grande verdade, ou vaidade
É que minhas terceiras intenções,
Fazem mais parte do teu narcisismo,
Do que estando ao alcance das minhas convicções.

Enfim no fim como todos os começos
Exagerar-se-a nos rodeios
Quem sabe assim chega-se ao fim
E no fim vamos ficar assim:
Eu com minha palermice
Você com sua meiguice
Eu com meus problemas
Você com seus dilemas
Você olhando sempre pra si
E o meu eu altruísta com uma rara paciência.

No fim
As pedras voltam ao redor do Rio
Este volta ao seu percurso
O dia volta à raiar e voltará teu jeito frio,
As orbitas seguiram seus movimentos de translação e rotação
E eu sempre vou ter a quem me proporcione inspiração.

Você sempre vai procurar um bobo pra tua corte
Vai fingir ser amor o que aparenta ser uma sina de ilusão
E corresponderá a quem te dar carinho com açoite.

No fim os meios casualmente vão se encontrar
Tua frieza vai querer ouvir o que tenho a falar
E eu simplesmente vou acenar
Assim como uma brisa inesperada
No sertão do norte do meu Ceará.


PHELIPE GOMES

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