domingo, 13 de março de 2011

Paixão ? !

Afinal o que deveras sentes
és fruto do improvável ?
ou és fruto da mente ?

És tu a verdade insolúvel
e inesperadamente inerente ?
Ou apenas um produto
do que queres de repente ?

és a tradução abstratada
pureza da alma?
ou és a mentira ilusória
que a tua vaidade não cala ?

De onde vem a angustia que te sufoca ?
Será que vens do apego ?
Ou da tua carência utópica ?

E a tua ansiedade monótona
é uma vítima da paixão ?
Ou é a tua idealização insana ?


                   Phelipe Gomes

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