segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Relato De um Suicida

Olá morte, já estou chegando ao teu recinto
Muito por conta do que sinto
Já não me caibo no que mim tem ocorrido

Esta é a maneira covarde
Sem fazer alarde
De fugir das complicações,
Es tu a melhor desculpa
Para todas as minha omissões ou decepções.

Não sei pra onde vou depois de lhe conhecer,
Não sei em qual porta entrarei,
Se for a do inferno
Que o fogo queime todo este gordo tolo
E este ser humano que me tornei;
Quem sabe assim eu sinta
O que nunca acreditei.
Mas se for a do céus
Que os anjos reintegrem
O que de mim se foi, partiu
Aquilo que um dia em mim existiu
E Que Deus e Jesus tenham piedade
E que com suas bênçãos me reguem.

A minha querida mãe, ao meu pai e minha querida sobrinha
Deixarei todo o meu amor;
Aos meus companheiros
Nada mais justo que deixar todo meu humor;
E aos meus inimigos farei e
Saberei do imenso favor.

Enfim morte, quando vieres
Que você ocorra aos sons da Legião
Com um belo churrasco
Sem choro e contemplado de comemoração.

E a ti vida deixo um até breve,
Para viver as minhas outras ainda não vividas.
E a ti morte venha logo e
Como um sopro de boa sorte
Sare minhas tão calejadas feridas.
Fui....
Phelipe Gomes


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