Eu sou todos os recreios não vividos
Quem sabe o resultado de todo amor
E de todos puros sentimentos não correspondidos.
Convenientemente sou lapso dos acasos que a vida me causa
Que em prol de uma real caça, talvez o que me basta
É ver na boemia uma fuga para todas as desgraças;
Não sei se todas dores e desamores
Se encontram nos dessabores de uma cachaça
Ou quem sabe na suavidade de uma cerveja
Mas sei que sempre no
acordar
De toda ressaca e de toda barulhenta pirraça
Sempre espero que aquele rosto reluzente de mim
Eu nunca mais veja.
Phelipe Gomes
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