terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O Poeta Boêmio

Na tentativa de fugir eis me aqui
Um não sei o que de mim
Talvez um alguém que habitava
O que a mim cabia de pior
Um disfarce entre tantas as faces
Do que eu sempre escondo de melhor;

Aqui jaz um ser humano
Uma decepção que não condiz com o engano;
Nem que combina com um pre julgamento insano
De me analisares metricamente certo
Ou da ilusória figura de  bom moço 
Que nutria-se de um meticuloso plano.

Aqui está o que se partira em cacos
Que desoladamente colados
Fez-se o meu retrato:
Feio, Frio, vazio...
Que visto como um todo
Em um outro astucioso angulo
Nada mais é que uma junção de inúmeros pedaços.
Phelipe Gomes


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